Editora: Verus
Ano da Edição: 2016
Páginas: 294
Título Original: O Garoto do Cachecol Vermelho
Sinopse
Uma história comovente, recheada de drama, suspense e romance Melissa é uma garota linda, rica e mimada, que sempre consegue o que quer e tem todos na palma da mão. Ela acredita que a carreira de bailarina é a única coisa que realmente importa, porém suas certezas são abaladas quando faz uma aposta com um garoto misterioso, que parece ter como objetivo virar sua vida de cabeça para baixo. De repente, Melissa se vê dividida entre dois caminhos: realizar seu maior sonho, pelo qual batalhou a vida inteira, ou viver um grande amor. Mas, não importa aonde ela vá, todas as direções apontam para o garoto do cachecol vermelho... Com esta história intensa e apaixonante, Ana Beatriz Brandão vai emocionar e surpreender o leitor, provando que é uma jovem autora que tem muito a dizer.
Resenha
Preciso avisar que esta resenha é mais um desabafo do que uma resenha mesmo! Sinceramente, a única coisa que me faz pensar que não perdi meu dinheiro à toa ao comprar esse livro é porque parte dos direitos autorais do livro vão para a Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica. Isso é um causa super nobre! E doações para instituições importantes como esta nunca são demais!
Pra mim, a história não foi envolvente, os personagens não me causaram empatia e todos os acontecimentos são muito forçados. A protagonista, Mel, é uma garota INSUPORTÁVEL. Na primeira página do livro já a odiei e ao longo do livro isso só piorou. Ela é mimada, materialista, preconceituosa, egoísta, enfim, ela possui todas as características mais irritantes que uma pessoa pode ter. E o passado dela, que seria uma forma de explicar o porquê ela é assim, não me sensibilizou, porque não foi dada a profundidade, a discussão e a atenção necessária a estes acontecimentos. Senti como se a autora só tivesse jogado um monte de temas importantíssimos, sem realmente aprofundar nenhum deles (seu problema com a mãe, o distúrbio alimentar, o estupro, a violência contra a mulher, etc.), só para dar um caráter mais “social” ao livro.
Já o Daniel é pra ser o garoto perfeito, o príncipe que vem salvar a Melissa dela mesma. Mas ele também não me encantou. O cara é perfeitinho demais, é praticamente o Rodrigo Hilbert. Ele é lindo, inteligente, talentoso, é rico, cozinha, é um cara super gente boa, sem preconceito algum, faz caridade, é engajado em causas sociais, enfim, é o cara perfeito. Só que não. Ele não me convenceu nenhum pouco. E do nada esse cara super gente boa encuca com a menina mais insuportável que já andou na Terra e decide salvá-la dela mesma. Ele chega pra uma quase desconhecida e praticamente diz: “Olha, você é meio ridícula e eu sou maravilhoso, então, eu quero que você me siga durante dois meses pra eu te mostrar a realidade. Garanto que vou mudar sua vida e te transformar numa pessoa melhor, porque você tá precisando”... Me poupe! Isso não faz o menor sentido. Assim como todo o enredo.
O relacionamento é forçado demais, os diálogos são os mais clichês dos clichês. E eu AMO um clichê, mas aqui é um atrás do outro, que até enche o saco. Como todo romance, este tem aquele momento que o casal se separa por um piti sem sentido e depois reatam. E o piti dela e o dele foram tão previsíveis, quanto quando o casal reatou. Perdi as contas de quantas vezes revirei os olhos ao ler esse livro. Precisei de muita perseverança pra terminar o livro e na verdade só consegui porque do meio pro final fiz uma leitura dinâmica, passando por cima de várias coisas, porque não aguentava mais.
Sei que muita gente amou o livro e provavelmente vai querer me crucificar, mas pra mim foi uma decepção total. Comprei bem animada, pois amei a capa e a sinopse, e tinha visto muitas pessoas elogiando o livro. E ele tinha tudo pra ser maravilhoso, pois a proposta é ótima e a sinopse é bem interessante, mas como a história se desenvolveu simplesmente não colou. Desculpa. =X
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