terça-feira, 17 de outubro de 2017

Memórias de um Empregado - Federigo Tozzi

Memórias de um Empregado - Federigo Tozzi

Editora: Carambaia
Ano da Edição: 2015
Páginas: 144
Título Original: Ricordi di un impiegato

Sinopse
Pressionado pelo pai para começar a trabalhar, um jovem deixa sua cidade, a família e a namorada, e parte para a pequena Pontedera, na Itália, onde arrumara emprego como funcionário de uma estação de trem. Ao longo do tempo em que passa longe, mantém um diário e se corresponde frequentemente com a amada. Esse episódio da vida do escritor italiano Federigo Tozzi (1883-1920) é também o mote do seu breve romance Memórias de um empregado, inédito no Brasil. Tido como um dos nomes mais importantes da literatura italiana do século XX, Tozzi é comparado por críticos a Luigi Pirandello e Italo Svevo. Sua obra permanece, entretanto, pouco conhecida pelos brasileiros. Memórias de um empregado foi publicado pela primeira vez na Itália em 1920, no mesmo ano em que seu autor morreu, aos 37 anos, vítima da gripe espanhola. Inovador na forma, o romance tem pontuação, ritmo e estilo que ilustram a modernidade do escritor. O projeto gráfico, desenvolvido especialmente para a obra, é inspirado no formato de uma caderneta de anotações, em referência ao diário mantido pelo personagem.



Resenha

Este foi o primeiro livro da editora Carambaia que li, embora não seja o primeiro que comprei. Confesso que comprei mais por ser da Carambaia e também porque estava na promoção, pois nunca tinha ouvido falar no autor. Para quem não sabe, a Carambaia é conhecida por suas edições limitadas, geralmente mil exemplares numerados à mão, com trabalho gráfico primoroso e traduções cuidadosas.

Como já devem ter percebido, estou numa vibe de ler coisas curtas, pois estou meio sem tempo. Então, peguei-o agora por ser fininho e em um formato pequeno. Primeiro, devo dizer que a parte gráfica do livro realmente é bela e, embora não seja capa dura, a capa é interessante: com umas abas que abrem, revelando a imagem de um trem, o que tem tudo a ver com a história.

Porém, a história em si não me cativou. A premissa era interessante e o formato de diário com tudo em primeira pessoa foi uma ideia boa, mas ficou um pouco enfadonho. É um livro mais, digamos, psicológico. É menos focado no que acontece e mais focado em que como o narrador se sente quando se vê pressionado pelos pais (principalmente o pai) a assumir um emprego que ele não quer, em uma cidade longe de sua namorada.

Depois, o livro relata o estado de ânimo meio depressivo em que o narrador está por não saber lidar com seus colegas de trabalho, por pensar que ninguém nunca conseguirá entendê-lo e tudo mais. Então, esse jeito introspectivo demais, com o narrador "divagando" sobre sua alma, não faz muito meu estilo.

Contudo, embora não tenha sido ótimo, também não foi péssimo, portanto deixei a nota no meio termo. Gostei do posfácio, que esclareceu alguns pontos do livro, e também foi uma experiência válida por me tirar de minha zona de conforto literária.




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