sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Assassinato No Expresso do Oriente - Agatha Christie

Assassinato No Expresso do Oriente - Agatha Christie

Editora: Record
Ano da Edição: 1986
Páginas: 189
Título Original: Murder on the Orient Express

Sinopse
Pouco depois da meia-noite, uma tempestade de neve para o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem está surpreendentemente cheio para essa época do ano. Mas, na manhã seguinte, há um passageiro a menos. Um americano é encontrado morto em sua cabina, com doze facadas, e a porta estava trancada por dentro. Pistas falsas são colocadas no caminho de Hercule Poirot para tentar mantê-lo fora de cena, mas, num dramático desenlace, ele apresenta não uma, mas duas soluções para o crime.



Resenha

Em 15 de setembro de 1890 nascia Agatha Christie, que veio a se tornar uma das maiores escritoras de romances policiais. Seu famoso detetive Hercule Poirot protagoniza a maioria de seus livros e intriga leitores por todo o mundo. Suas obras já foram adaptadas para séries de TV e também filmes. Em novembro próximo estreará um filme baseado no livro "Assassinato do Expresso Oriente", decidi, então, aproveitar o aniversário da autora para fazer a resenha deste livro.


Agatha Christie não é a Rainha do Crime por acaso. Seus romances policiais são realmente fascinantes e a racionalidade e objetividade com que Hercule Poirot resolve os casos são incríveis. Não é à toa que ele e Sherlock Holmes são os mais famosos detetives literários, ambos são geniais, meticulosos e com um fantástico poder de dedução.

Neste livro a autora nos apresenta um crime peculiar: um assassinato dentro de um trem, que está detido no meio do caminho por causa de uma nevasca. Poderia parecer um caso simples, já que todos os suspeitos estão presos no trem, mas, ao longo do livro e com os depoimentos dos passageiros, o crime nos parece cada vez mais impossível de se resolver. Cada um dos passageiros tem um álibi confirmado e ninguém parece ter motivo para praticar o homicídio. E é aí que entra a genialidade da Agatha Christie em desvendar um mistério tão embolado de forma tão primorosa.

O detetive Hercule Poirot é um investigador diferenciado. Ele, como ele mesmo se descreve no livro, é um detetive que não olha apenas para as evidências físicas, mas tenta ver além.

“Não me fio nos processos usuais. O que procuro é o elemento psicológico e não as impressões digitais ou a cinza de um cigarro.” 

E um dos pontos mais positivos do livro é que todos os elementos para resolvermos o crime são apresentados ao leitor ao longo do livro, mas apenas o detetive Poirot consegue analisar tudo perfeitamente e juntar todas as peças. A solução do caso não é um insight milagroso do detetive, estava tudo na nossa frente, mas nós é que não vimos!

“– Esses depoimentos prestaram-nos esclarecimentos importantes – disse Poirot. 
– Pode ser – disse Bouc, cético – Entretanto, não me parece. 
– É porque não escutou! – respondeu-lhe Poirot.” 

Agatha Christie é famosa por seus mistérios intrigantes e soluções imprevisíveis, mas acho que esse caso é notadamente peculiar. Como a própria sinopse do livro afirma, o detetive Poirot não apresenta uma solução para o caso, mas duas e isso nos leva a um final especialmente extraordinário e surpreendente.

Mal posso esperar pela adaptação deste livro para o cinema que deve estrear em novembro. Ainda mais com tantos atores maravilhosos como Judi Dench, Michelle Pfeiffer, Penélope Cruz, Johnny Depp, Willem Dafoe, entre tantos outros! Coloquei o trailer aqui embaixo pra vocês ficarem tão empolgados com o filme, quanto eu estou. :)




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