sexta-feira, 28 de julho de 2017

Os Três Mosqueteiros - Alexandre Dumas

Os Três Mosqueteiros - Alexandre Dumas

Editora: Ediouro
Ano da Edição: 2004
Páginas: 626
Título Original: name

Sinopse
Publicado pela primeira vez no diário parisiense La Presse entre março e julho de 1844, “Os três mosqueteiros” nasceu folhetim e passou à posteridade como um dos clássicos obrigatórios de língua francesa. Homem de seu tempo, Alexandre Dumas encarnou em sua vida e obra as transformações de um século que assiste ao ocaso do "homem letrado" e ao nascimento de uma cultura de consumo. Por isso, “Os três mosqueteiros” combina o apelo de um capa & espada com a influência duradoura da melhor literatura. A história de d'Artagnan, jovem recém-chegado a Paris, que conhece Aramis, Porthos e Athos - mosqueteiros de Luís XIII -, e do seu envolvimento na luta contra o cardeal Richelieu e a agente Milady de Winter, é repleta de reviravoltas, suspense e diálogos brilhantes. O contexto é o da França do século XVII (a trama começa a ser contada em 1648, no fim da Guerra dos Trinta Anos), em meio à guerra civil entre católicos e huguenotes, intrigas palacianas e instabilidade política. Misturando ficção e fatos históricos, Dumas coloca o bravo d'Artagnan para salvar a honra da rainha Ana de Áustria, envolvida em um imbróglio amoroso com o duque de Buckingham, braço direito do rei Carlos I da Inglaterra. Os mosqueteiros também participam do cerco a La Rochelle (1629), mas fracassam ao tentar salvar a vida do duque, que acaba sendo assassinado pela fugitiva Milady, aliada de Richelieu. Os heróis elegantes e as donzelas inatingíveis de “Os três mosqueteiros” são representantes de um mundo onde palavras como "glória" e "honra" não eram simplesmente figuras de retórica.



Resenha

Se estivesse vivo, Alexandre Dumas faria ontem, 27 de julho, 193 anos. Então, decidi vir aqui prestar uma singela homenagem falando sobre Os Três Mosqueteiros, um livro maravilhoso com uma história épica, que mistura aventura, ação, romances e toques cômicos em proporções exatas.

Eu já adorava a história antes mesmo de ler o livro. Já vi os vários filmes inspirados os mosqueteiros e a maravilhosa (sério, vão assistir! Tá disponível na Netflix!) série da BBC, The Musqueteers. Então, fui ler o livro com altas expectativas, mas ao mesmo tempo sem saber direito o que esperar do enredo mesmo, já que as adaptações têm várias histórias diferentes, né? E preciso dizer que adorei. Muito!

A história é ambientada na movimentada França do século XVII. E essa ambientação é descrita perfeitamente. Aqueles conceitos de honra e glórias, donzelas e cavalheiros heróis, duelos e guerras: está tudo lá!

Apesar de o livro chamar-se Os Três Mosqueteiros, D’Artagnan é em quem a história é mais focada e ele nem era um mosqueteiro no início. Mas conhecemos as personalidades de cada um dos mosqueteiros e nos encantamos com cada um deles. Eles são tão diferentes entre si, mas ao mesmo tempo tão unidos pelo elo da lealdade e amizade. Todos são muito bem trabalhados e detalhados: Athos, o mais velho deles, um nobre com um passado cheio de segredos; Aramis, um cavalheiro elegante e delicado, com pretensões eclesiásticas, mas um exímio lutador com a espada; e Porthos, um homem um tanto rude, mas de personalidade alegre e vaidosa. D’Artagnan é um jovem corajoso, mas também imprudente, características que em conjunto nos rendem altas risadas ao longo do livro. Todos são maravilhosos ao seu jeito e eu escolhi meu preferido, mas cada leitor se identificará com um mosqueteiro em especial.

“Todos por um! Um por todos!” 
(sim, no livro a ordem das frases lema dos mosqueteiros é inversa ao comumente repetido) 

A história começa com a vinda do jovem D’Artagnan a Paris para tentar cumprir seu sonho de ser um Mosqueteiro do Rei. E antes mesmo de chegar a Paris, ele já aparece causando! Então, ele se alia aos mosqueteiros e as aventuras começam. Os Mosqueteiros, liderados por Tréville, são a guarda do rei Luis XIII. E se envolvem em grandes intrigas políticas contra o cardeal Richelieu e a Milady de Winter, enquanto tentam salvar a rainha Ana de Áustria. E preciso dizer que os vilões são tão bem construídos, ou talvez ainda melhores construídos, que os heróis. Milady de Winter, principalmente, é brilhante!

Uma das melhores coisas desse livro é que ele mistura a ficção com a realidade. Alexandre Dumas embeleza e aumenta a História, mas muitos dos personagens e alguns dos acontecimentos são inspirados em fatos históricos. Então, isso dá um toque de realismo e verossimilhança à história, que a deixa ainda mais intrigante e envolvente.

O enredo é complexo e as aventuras que os heróis mosqueteiros se envolvem são muitas. É um livro verdadeiramente épico, cheio de reviravoltas, que deixam o leitor sempre alerta com os novos rumos da história e dos personagens. É daqueles livros que você não quer mais parar de ler, que precisa chegar ao final, mas, quando chega, fica triste que acabou. São mais de 600 páginas de uma divertida aventura escritas com uma maestria sem igual. Não é à toa que esses personagens causem um fascínio tão grande pelo mundo.

São tantas coisas pra falar sobre essa história que não caberiam em uma resenha só, por isso vou só concluir dizendo duas coisas: 1) o livro é daqueles clássicos que viraram clássicos, porque realmente arrebatam qualquer leitor; 2) todo mundo deveria ler e se aventurar com Os Três Mosqueteiros. E o melhor é que esse é só o primeiro livro de uma trilogia, que mal posso esperar para continuar a ler.

Trilogia dos Mosqueteiros
  1. Os Três Mosqueteiros (Les Trois Mousquetaires)
  2. Vinte Anos Depois (Vingt ans après)
  3. O Visconde de Bragelonne (Le Vicomte de Bragelonne)



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