Editora: Record
Ano da Edição: 2013
Páginas: 320
Título Original: The Rosie Project
Sinopse
Para se ter a vida de Don Tillman, não é preciso muito esforço. Às terças-feiras come-se lagosta com salada de wasabi (seguindo um roteiro com refeições padronizadas que evitam o desperdício de ingredientes e de tempo no preparo); todos os compromissos são executados de acordo com o cronograma – alguns minutos reservados para a prática do aikido e do caratê antes de dormir; uma hora para limpar o banheiro; três dias da semana reservados para suas idas à feira – e se, apesar dessa programação, algum desagradável contratempo surgir em sua rotina, não há nada que não possa ser solucionado com meia hora de pesquisa científica. Exceto as mulheres. Até o momento, a única coisa não esclarecida pelos estudos no campo de atuação de Don, a genética, é o motivo para sua incapacidade de arrumar uma esposa. Uma namorada ao menos? Ou até mesmo uma amiga para somar ao seleto grupo de amigos de Don, formado por Gene, também professor na universidade, e a mulher dele, Claudia, psicóloga e esposa muito compreensiva. Para solucionar esse problema do modo mais eficaz, Don desenvolve o Projeto Esposa, um questionário meticuloso que irá ajudá-lo a filtrar candidatas inadequadas a seu estilo de vida: fumantes JAMAIS, e mulheres que se atrasam por mais de cinco minutos ou que usam muita maquiagem estão fora dos critérios pouco flexíveis que o levarão à mulher ideal. O único problema é que um questionário desse tipo exige tempo e dedicação, duas coisas que começaram a diminuir exponencialmente no cotidiano de Don desde que ele conheceu Rosie: fumante, vegetariana e incapaz de chegar na hora marcada. Ou esse era o único problema até Rosie entrar na vida de Don e – despretensiosamente, uma vez que ela nunca se candidatou ao Projeto Esposa – mostrá-lo que a mulher ideal não existe, mas o amor, sim.
Resenha
“O Projeto Rosie” é um chick-lit diferente, mas um diferente bom! Primeiro que, ao contrário da maioria dos livros do gênero, a história é narrada do ponto de vista de Don Tillman, o “mocinho”. E outro ponto positivo e distinto é que o Don não é aquele típico galã dos romances: lindo, maravilhoso, galanteador e pegador, que vai encontrar o amor verdadeiro e se amarrar a uma mulher, como nunca tinha pensado que faria. Ele é totalmente o contrário disso! Ele é tipo um Sheldon (de Big Bang Theory): super inteligente, super regrado, tudo tem sua hora e lugar certo, muito meticuloso e metódico, e sem habilidades sociais.
E esse jeito extremamente peculiar de Don é o grande diferencial do livro. Suas manias e suas dificuldades de socializar e perceber seus próprios deslizes são super divertidos de ler, principalmente porque o livro é contado de sua perspectiva. Então, você lê a confusão dele com as situações mais simples e fica pensando “querido, se oriente, por favor!” E ele é tão “esquisito”, tão sem-noção que se torna fofo.
Ele organiza o Projeto Esposa para encontrar uma parceira pra sua vida, porque aparentemente é o que todo mundo deve fazer. Mas para encontrar a mulher ideal, ele realiza um questionário muito detalhado, com o intuito de selecionar as candidatas certas para o “cargo”. Gente, que sem-noção, né?! Hahahhah
Mas a aparição inesperada de Rosie Jarman vai bagunçar totalmente a sua vida. A relação dos dois é totalmente descontraída e eles vão se tornando mais próximos. Rosie vai mostrar para Don que preencher requisitos não é a fórmula de uma relação de sucesso. E Don vai percebendo que apesar de aquela mulher ser praticamente o oposto da sua checklist, ela é a mulher certa.
Os personagens são carismáticos e envolventes. O livro nos mostra que nem sempre o que queremos é o que precisamos; nem sempre o que achamos que precisamos é o melhor pra gente; e que o amor pode surgir das pessoas mais inusitadas. É uma história super leve e divertida. Um bom romance pra relaxar e que daria uma ótima comédia romântica, especialmente agora que os “geeks” estão em alta!
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