segunda-feira, 19 de junho de 2017

Dom Casmurro - Machado de Assis

Dom Casmurro - Machado de Assis

Editora: Abril
Ano da Edição: 1981
Páginas: 174

Sinopse
Seria a bela Capitu, com seus "olhos de cigana oblíqua e dissimulada", uma adúltera? Teria fundamento o ciúme que corrói a alma de Bentinho? Com finura psicológica e incomparável maestria literária, o grande Machado de Assis mergulha na vida interior do protagonista-narrador, mostrando como a dúvida embaça as emoções e mistura real e imaginário, passado e presente. Uma obra-prima da literatura universal.



Resenha

Em homenagem ao aniversário de Machado de Assis, que é dia 21 de junho (são 178 anos de seu nascimento), eu e Larissa decidimos fazer uma semana especial sobre uma de suas obras. Escolhemos Dom Casmurro, pois foi a única que eu li (é, estou um pouco envergonhada). Hoje, eu vou resenhar o original e, na sexta, Larissa vai falar sobre uma releitura da obra.

Bem, não vou nem falar do que se trata o livro, pois nós todos temos aula sobre ele no ensino médio e já sabemos o final antes mesmo de lê-lo. Hoje, eu vou falar mais sobre minha experiência com o livro e o autor. Eu não li Dom Casmurro no ensino médio, apesar de já adorar ler desde os 13 ou 14 anos, as aulas de literatura não eram, nem de longe, minhas favoritas. Achava tudo muito chato e maçante e acabei ficando com um certo "trauma" ou preconceito com os clássicos que nós éramos obrigados a estudar.

Minha turma assistiu a uma peça de Dom Casmurro, que achei legal, mas não o suficiente para me animar a ler o livro. Foi só quando já estava no doutorado (!), depois de já ter lido livros de José de Alencar e realmente gostado, foi que resolvi dar uma chance a Machado de Assis. Escolhi Dom Casmurro, pois me atraiu mais do que o Brás Cubas. Peguei uma edição velhinha que tem aqui em casa (a da foto) e li.

Confesso que o começo foi meio devagar, cheguei a pensar que a Gabriela do ensino médio estava certa, que Machado de Assis não era para mim. Mas, depois de 1/3 do livro, eu fui fisgada. Passada a infância de Bentinho e Capitu, o livro só melhora. Eu não conseguia mais largá-lo, voltava para as cenas passadas para tentar descobrir se Bentinho tinha ou não razão e terminei a história totalmente na dúvida, do jeito que o autor queria.

Ao longo do livro, você sente pena e raiva de Bentinho, você duvida e acredita em Capitu, termina a história e esses personagens não saem da sua cabeça. Realmente, é uma obra-prima. Eu só tirei meia estrela por causa do começo, que quase me desanimou. Quem ainda não leu, por preguiça ou trauma do ensino médio, sugiro que dê uma chance. Persevere durante os primeiros capítulos, pois vale a pena chegar até o final.


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