segunda-feira, 22 de maio de 2017

Um Estudo em Vermelho - Sir Arthur Conan Doyle

Um Estudo em Vermelho - Sir Arthur Conan Doyle

Editora: Zahar
Ano da Edição: 2013
Páginas: 192
Título Original: A Study in Scarlet

Sinopse
Publicado originalmente em 1887, Um estudo em vermelho chegou a ser considerado uma espécie de "livro do Gênesis" para os casos de Sherlock Holmes, pois marca não só a primeira aparição pública do detetive mais popular da literatura universal como o primeiro encontro entre Holmes e Watson. Ao buscar conhecer melhor seu novo amigo, em pouco tempo Watson vê-se envolvido numa história sinistra de vingança e assassinato...



Resenha

“Um Estudo em Vermelho” é o romance de estreia do detetive mais famoso da literatura. A história foi primeiro publicada na edição de 1887 da revista paperback Beeton’s Christmas Annual, que também trazia outras histórias, como “Food For Power”, de R. André e “The Four-Leaved Shamrock”, de C. J. Hamilton.

Eu, como todo mundo, já conhecia (e adorava) o personagem Sherlock Holmes, de séries e filmes, mas nunca tinha lido as histórias originais do Sir Arthur Conan Doyle. Agora posso dizer que entendo completamente o fascínio e a fama deste personagem, pois ele é construído com maestria pelo Sir Arthur Conan Doyle.

O livro é dividido em duas partes, a primeira é narrada em primeira pessoa pelo Dr. John Watson, que através de suas memórias nos conta como chegou em Londres, como conheceu e acabou dividindo apartamento com Sherlock Holmes e como ele descobriu a genialidade do seu amigo e se iniciou no mundo dos mistérios policiais. Nesta primeira parte, somos apresentados aos nossos queridos personagens: Sherlock Holmes com sua excentricidade e genialidade, e o Dr. Watson que é igualmente interessante e com quem podemos nos identificar, pois ele, assim, como nós fica surpreso e incrédulo com as habilidades de Sherlock. Já nesta primeira parte, temos a resolução do mistério, com a prisão do culpado por Sherlock Holmes, mas é na segunda parte que aprendemos como Sherlock chegou àquela conclusão.

A segunda parte é narrada em terceira pessoa, por um narrador onisciente, e se inicia com um flashback para conhecermos a vítima, o assassino e os motivos do assassinato. Gostei muito da forma como o livro foi dividido e escrito, pois nos mostra não só a conclusão do crime, mas o contextualiza totalmente, nos fazendo entender a motivação do assassino e até gostar dele.

É uma leitura rápida, interessante, empolgante e cheia de mistérios, porque, apesar de logo na metade do livro descobrirmos quem é o assassino, só ao final que vamos descobrir como Sherlock ligou todos os pontos que pareciam desconexos e chegou àquela conclusão. E percebemos que realmente o raciocínio e a linha de pensamento dele é muito coerente e até simples, basta alguém que saiba ver além do que as pessoas comuns conseguem ver. A genialidade de Sherlock está nos detalhes aos quais ele dá a devida atenção, e os quais passam batido pela maioria das pessoas.

É um livro policial bem objetivo, que não enrola o leitor com informações desnecessárias. E que, além de nos intrigar e instigar com um mistério muito bem escrito, nos diverte com a excentricidade do personagem principal e a relação entre Watson e Sherlock. Mal posso esperar para ler as outras histórias escritas pelo Sir Arthur Conan Doyle para o detetive mais famoso da literatura.




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